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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ATLETICANO DESDE CRIANCINHA! - Parte II (por @HenStockler)

   Amigos Atleticanos! Demorou um pouco, mas aqui continuarei o texto ATLETICANO DESDE CRIANCINHA - Parte I.

O craque Kelly!
   A classificação para a nossa 1ª Libertadores era algo muito novo. Depois da belíssima campanha na 1ª fase da competição, perdemos a chance de ir as quartas de final para o Atlético MG em plena Arena. Foi o jogo mais lotado que eu havia ido até então. O empate do Galo no segundo tempo levou o jogo para a disputa de penaltis. A classificação pra próxima fase se foi num penalti batido por cima da meta mineira, pelo nosso camisa 8 e craque do time na época: Adriano Gabiru. A tristeza foi grande. Entrávamos numa época em que não nos sentíamos confortáveis com derrotas.


Campeão Paranaense de 2000!
   Um time que começava a se acostumar com glórias, novamente gritou É CAMPEÃO! Dessa vez um título em cima dos coxas dentro da nova Baixada. Quem não se lembra da Coxarada fazendo festa enquanto vencia o jogo por 1 a 0? Quem não se lembra da bola levantada na área, endereçada à cabeça do campeoníssimo Gustavão? Quem não se lembra da bola estufando as redes do gol da Buenos Aires e fazendo o estádio quase explodir de alegria? Quem não se lembra de ver Kleber, o Incendiário, correndo pra comemorar sozinho o gol do título apontando pra sua cabeça, "reclamando" uma casquinha em meio a tanta festa. Coisa de artilheiro! Coisa de jogador campeão!

   No ano seguinte um título Paranaense sobre a atual Massa Falida Paraná Clube para iniciar o ano mais feliz da nossa história. Já no Paranaense a máquina foi se formando. Algumas peças remanescentes do quadrado mágico. A adição de alguns jogadores novos no clube. Dentre eles um tal de Alex Mineiro. O time foi tomando forma nas mãos de Carpegiani inicialmente e depois nas mãos de Mario Sérgio Pontes de Paiva. A história conta que inventor não dura muito tempo. Logo começam as briguinhas, as disputas, os choques de vaidades... Desta feita, um grupo de jogadores abençoados caiu no colo de um cara iluminado chamado Geninho. Costumo dizer que naquele ano íamos a baixada pra saber de quanto ganharíamos. Era covardia. Saia gol de todo jeito. Foram muitas as goleadas, dentro e fora de casa. Lembro de duas goleadas de 5 x 1 sobre Ponte Preta e Santa Cruz. Nos dois jogos nosso ataque contou com Alex Mineiro e Ilan. Em casa, impossível esquecer o jogaço contra o Bahia. Um 6 x 3 com direito a show de Kleber. 

   Nas quartas de final 2 x 1 no São Paulo com direito a um carinho especial de Cocito em Kaká. Na semi final o primeiro adversário era conseguir comprar o ingresso. Lembro que cheguei na fila por volta de 9 da manhã do dia em que os ingressos começaram a ser vendidos. Lá, encontrei uma fila que subia a Buenos Aires, dobrava a Getulio Vargas e tinha seu fim quase na Brasílio Itibere. Fiquei firme até as 4 da tarde na fila. Quando consegui chegar na Buenos Aires a notícia era que os ingressos haviam esgotado. Voltei para casa decepcionado. Para minha surpresa, no final da tarde daquele dia, meu pai chegou em casa com duas CADEIRAS compradas na raspa do tacho. Fui ao jogo e vi Alex Mineiro fazer o Caldeirão explodir 3 vezes. Um dos melhores jogos que já presenciei. Não só pelo resultado, mas pelo clima e atmosfera que existiu naquela data dentro da Baixada. Um jogo que fará arrepiar ao ser lembrado daqui a 100 anos. 

É CAMPEÃO!!!
   Na final apelei para cambistas. No dia do jogo tinha-se que chegar 3 horas antes da partida para "pegar lugar". Valeu a pena. Tudo isso pra ver o Trétis ir para São Caetano com a mão na taça. Com a mão na taça graças ao golzinho logo de cara do Ilan. Graças a superação e vontade de ir buscar uma virada. Graças ao penaltizinho bem cavado pelo Gabiru no apagar das luzes. Graças a São Alex Mineiro.  No Anacleto Campanela, um jogaço. O Atlético jogando no ABC paulista e milhares de Atleticanos jogando junto lá nas arquibancadas do estádio do Azulão e aqui em Curitiba pela tv. Como estava bonita a frente da Arena. Povão Rubro Negro lotou como nunca aquele espaço pra gritar É CAMPEÃO DO BRASIL pela primeira vez na nossa história! 

   Que Atleticano não sabe essa escalação de cór? Flávio Pantera, Alessandro Praguinha, Rogerio Correa, Nem, Gustavão e Fabiano. Cocito, Kleberson Xarópinho e Adriano Gabiru. Kleber, o Incendiário e São Alex Mineiro! Não dá pra esquecer do 12º jogador que tínhamos naquele ano: Souza. Craque de bola assumia a responsa quando precisava e fazia as coisas acontecerem. Menção honrosa a Ilan também, hoje, grande jogador. 

   Difícil esquecer o passe de Kleber chegando aos pés do Fabiano pela esquerda. A chegada de Fabiano próximo a área do Azulão. O arremate, o rebote, e o gol. O tapa de Alex Mineiro na redonda, seguido de um leve salto por cima de Sílvio Luiz. A camisa tirada revelando a regata com votos de um feliz 2002. Nesse instante a galera rubro negra ria, chorava e cantava a plenos pulmões e a unica coisa que se ouvia, era o som que vinha do coração de todos os atleticanos. O som que dizia: ÉÉÉÉÉ CAMPEÃÃÃO!!!

CONTINUA...

   * Dedico este texto ao meu falecido vô Agenor Stockler Jr. Torcedor fanático do Trétis, faleceu em meados de 2001, mais especificamente no dia em que o Atlético foi goleado pelo Gama por 4 x 1, e não pode enfim, ver seu amado clube conquistar o Brasil. Não existiu torcedor mais otimista, mesmo nos momentos mais sofridos da história do Furacão. O sangue Rubro Negro que corre em minhas veias, é o legado deixado por este fanático e apaixonado torcedor do Clube Atlético Paranaense! 


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MEMÓRIA DE FURACÃO!


1) Olha a comemoração do Gustavo. Isso é gana de campeão!                
2) Quadrado Mágico em ação.


3) O começo da arrancada!
4) Show de São Alex Mineiro!




5) Um jogaço! Alex Mineiro joga ao natural e acaba com o jogo.    
6) Inesquecível. Olha o povão na praça
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MEMÓRIA DE FURACÃO!














Não preciso descrever as imagens. Clique e leia. Vale a pena relembrar tudo isso!

SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!!!

Um comentário:

  1. Sou atleticana de uma familia coxa branca somente na minha casa que torcemos pro Furacão...como todos nós sempore falamos ser atleticano é diferente você ja nasce predestinado.. Muito boa sua matéria nunca irei esquecer-me dos títulos que pude presenciar o paranaense de 2008; 2009 seletiva da libertadores, brasileiro 2001 que estão marcados serão sempre lembrados.Faleu por nos trazer esta nostalgia antes de mais uma decisão que teremos.. No anos de 2011 quando completaremos 10 anos do nosso 1° dos grandes títulos estaremos disputando a libertadores para quem sabe coroar nosso primeiro mundial...eu acredito ------Cléia Azevedo

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