O sujeito leva uma vida corrida cheia de stress, compromissos e reuniões. Quase nunca "tem tempo" de prestar a atenção na própria saúde. Aí de uma hora pra outra começa a sentir cansaço excessivo, tem dificuldades pra vencer uma escadaria, sente tonturas, o braço
formiga de vez em quando... se o sujeito não estiver atento os problemas serão fatais. O caminho óbvio é procurar um cardiologista pra tentar resolver a questão antes que seja tarde demais, mas sempre há o teimoso que ignora os recados da morte e segue a vida como se nada estivesse acontecendo.
Sou um torcedor comum e como tal, tenho muitas dificuldades de conseguir separar emoção e razão quando o assunto é o Atlético. Depois de um 2013 sensacional, foi mais do que natural imaginar o que os comandados de Mancini poderiam fazer na Libertadores com toda aquela velocidade e entrosamento, porém, surpreendentemente, o ano já virou sem Mancini no comando técnico do Trétis. A partir daí a morte começou a enviar recados ao Atlético:
- O novo treinador iniciou seu trabalho apenas 20 dias antes da estreia do Atlético na pré Libertadores (1° recado).
- Em vez de não promover mudanças drásticas na cara do time devido ao pouco tempo de trabalho que teve, Miguel A. Portugal ignorou tal situação e mudou tudo que pôde em um jogo em que foi engolido pelo peruanos, quase voltando de lá com uma goleada após seu experimento com Sueliton de meia e Paulinho Dias de lateral direito (2° recado).
- No jogo de volta contamos com a intervenção de São Nowak e nos classificamos em uma jornada épica de sorte + transpiração (3° recado).
- Pela segunda rodada da fase de grupos fomos passear na Argentina, ficamos na roda, o treinador fez lambança com a simples substituição de Adriano e ainda tivemos uma declaração polêmica de Manoel a respeito do treineiro (4° recado).
- Muitas dificuldades e gols perdidos para vencer o fraquíssimo Universitário do Peru nos 2 confrontos (5° recado).
- E para fechar com chave de ouro, um confronto contra o Velez em Curitiba em que o Trétis correu como louco, ficou na roda 80% do tempo e quando teve chances claras, as desperdiçou (6° recado).
Foram MEIA DUZIA de recados nos alertando de que a morte estava chegando e quis o destino, irônico como só ele, que nossa decisão fosse na altitude de La Paz. Mas como o "paciente" ia falando que "estava tudo bem" e que "se sentia melhor" continuei apaixonadamente acreditando que os 6 recados eram besteira e que conseguiríamos passar de fase.
No início do 2° tempo, após extenuante esforço físico e falta de oxigênio tático, o Clube Atlético Paranaense foi a óbito na Libertadores 2014. A morte foi boazinha e nos foi avisando durante 3 meses que sem um parceiro seguro para Manoel, sem um camisa 10 competente e sem esquema tático definido, ela viria nos buscar bem cedo. E veio impiedosamente cumprir o que os recados nos tentaram avisar. Dá pra reclamar? Claro que não. A "família" toda avisou que era pro Atlético ir ao médico, mas o menino é teimoooso...
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SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!
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