Comemorei
feito criança o gol da virada sobre a Portuguesa no Canindé e a virada épica
sobre o Galo em pleno Horto. Era o início da pavimentação de um caminho
inesperado para uma Libertadores. Quando me dei conta, tínhamos sim chances
reais de classificação e podíamos sim sonhar com a vaga. Daí por diante cada
jogo fazia o coração explodir de emoção e a cada gol uma mistura de felicidade
e alívio. Como comemorei as vitórias épicas fora de casa, a virada sobre o
Flamengo, a aula de bola sobre o Botafogo na Vila, os jogos difíceis com gols
no finalzinho, a vitória no Atletiba, a sapecada no São Paulo... e hoje?
Hoje
me desloquei com 3 amigos até Joinville. Ultimo jogo do ano e a coroação da
vaga que tanto ansiamos no decorrer de todos esses jogos. Jogamos longe de
Curitiba cumprindo punição protagonizada pela torcida organizada do clube. Mas
ok, fui mesmo assim. Eu não podia deixar de sentir aquele tesão de comemorar um
gol do Atlético, ainda mais hoje selando a classificação ao torneio mais importante
do continente.
O
jogo começou e o 1° gol foi comemorado com a alegria de sempre. Tarde bonita,
Atlético bem, estádio meio cheio apesar da distância. Receita perfeita pra minha realização e de
outros milhares de Atleticanos de bem que ali estavam. De repente tudo mudou...
A tarde foi ficando cinza e sem graça, os protagonistas da festa haviam virado
coadjuvantes de bestas humanas que agora protagonizavam cenas enojantes, amontoando-se
umas sobre as outras nas arquibancadas como animais irracionais. De longe
percebia-se o desespero dos atletas ao tentar fazer com que os selvagens
cessassem o ataque abominável. Me lembrou muito aquelas cenas em que leões
atacam filhotes indefesos de zebras sem que estes tenham chance de sobreviver.
Eram 7 ou 8 atacando covardemente outro demente, que se tivesse oportunidade
faria o mesmo com seus algozes.
A
tarde bonita ficou sem graça. No palco do espetáculo que aprendi a amar,
ambulância, corpos ensanguentados e quase sem vida, jogadores atônitos andando
de lá e pra cá e um clima de velório. E era mesmo. Era o velório do futebol que
já vem acontecendo há bastante tempo. (Vídeo da torcida Atleticana momentos antes da selvageria)
O
jogo recomeçou e o Atlético passou por cima do Vasco. Comemorei os gols erguendo
os braços e sorrindo, mas não consegui ficar feliz como sempre fico. A cada gol
me vinha a cabeça se tudo aquilo ali valia a pena. Olhei pro lado e vi uma
menininha de uns 2 anos de pé na cadeira ao lado. Os olhos espertos acompanhavam
cada detalhe do que acontecia no gramado. Com certeza ela estava aprendendo a
amar aquilo ali como um dia aconteceu comigo. Pensei então se valia a pena os
pais deixarem com que aquele anjo estivesse a metros de distancia daqueles
dementes. Pensei se valeria a pena eu sair da minha casa e deixar minha família
preocupada sem saber se voltaria inteiro de um jogo de futebol. Cheguei a
conclusão que eu e a menininha temos o direito de amar o futebol e o Atlético e
que são os dementes que devem ser expurgados dos estádios. O que mais precisa
acontecer pra que alguma coisa seja feita? Quem o "futebol" quer nas
arquibancadas: a menininha ou as bestas que pisoteiam semelhantes?
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Quando
ocorreu a confusão no Atletiba escrevi esse texto "A SOLUÇÃO DA VIOLÊNCIA NA PONTA DOS DEDOS" que dá a receita passo a passo para o inicio de um
projeto para o fim da violência nos estádios. O texto explica detalhadamente
que a BIOMETRIA baniria elementos perigosos, que seriam
cadastrados em um banco de dados criado a partir de uma parceria entre os Clubes, o
Ministério Público e as Polícias Militar e Civil. Se o marginal possui qualquer tipo de restrição por ato ilegal, seria impedido de adentrar aos jogos do Atlético (posteriormente Coritiba e Paraná Clube).
Se
você ler com calma e achar que a ideia é interessante, mande para um amigo
conselheiro do Atlético, para pessoas influentes e também para pessoas que tenham interesse na mudança do panorama do futebol. Temos que abrir um debate
sobre isso. Eu já não aguento mais ver o futebol morrendo e o Clube que amo
tendo que passar por tudo isso graças a essa corja de dementes.
Entenda,
não quero saber se a culpa é de A, B ou C, se X defendeu ou se Y invadiu antes.
A discussão que trago é MUITO maior que tudo isso. É HORA DE SALVA O FUTEBOL BRASILEIRO!
SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!!!
Bom antes de mais nada, a "TOF", famigerada torcida "Organizada" Fanáticos, já havia avisado em seu site, dos futuros problemas com torcida Força Jovem do Vasco, se o grande "filosofo torcerdor Fanatico Prolixo" que vc é não viu, olha esse site aqui http://www.osfanaticos.com.br/NoticiasHome.aspx?noticiaid=885, você vai ver que própria organizada já não iria vender passagens pra menores e nem mulheres. É engraçado, q o senhor prolixo aqui vem com muitas receitas de bolo, e não tem coragem de falar com o presidente da TOF na cara, e passar pra ele essas receitas. A culpa dessa bagunça todo é obvio que é da segurança publica, que não funciona nesse pais e outra e do Clube Atlético Paranaense, de negligenciar tão confronto. A PM já tirou o dela da reta, a culpa vai cair toda sobre o Atlético, que pra mim é o culpado. Era um evento privado meu amigo, a policia não tinha nada a ver com isso, já viu balada ou qualquer festa privada com a PM? A não ser q ela seja "contratada"ela não vai estar lá por obrigação. O Atlético quis economizar e se deu mal, e tem q ser punido por isso, ele era o mandante. Não precisa de receita de bolo. As organizadas VÃO SEMPRE EXISITIR, não te como acabar com elas, porque elas são 50% do time. Na Europa não acabaram com elas.
ResponderExcluirEnfim, a ideia da biometria é valida, aumentar a punição(Ex. deixar de fraquentar estádios) e também responsabilizar as T.O. pelos atos de seus filiados sendo multadas e perdendo seu patrimônio.
Sr. Anônimo. Muito obrigado pelo prestigio. A "receita de bolo" não critica em nenhum momento a polícia nem a TOF. Como em todo lugar, sempre há os imbecis que tenho certeza ser 5% do total. Até que me apresentem os furos (que não encontrei) o sistema biométrico afastaria os bandidos dos estádios. Qualquer outra forma me parece falida pela impunidade do país e falta de condições de trabalho de polícia.
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