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segunda-feira, 8 de julho de 2013

CEMITÉRIO DA BOLA!

Saí de casa animado. Seria mais um final de semana na minha vida com jogo do Trétis. A empolgação era maior, pois agora temos “endereço fixo” até o final do ano, local central e... só.

Cheguei à Vila Capanema meia hora antes do velório. Sim, porque aquilo não era o meu Atlético. Confesso que fiquei impressionado com tudo que me cercava. Nossa torcida não entendendo o porquê da organizada ter decidido de repente que gosta de ver jogos na reta, os goleiros aquecendo ao longe (muito longe), a reta oposta completamente vazia e um silêncio sepulcral. Fiquei abismado com tudo aquilo e reparei que grande maioria não se impressionava com aquele clima bizarro. Lembrei que no ano passado quando o Atlético mandou jogos pelo Paranaense na mesma Vila Capanema eu estava viajando e não fui a nenhum dos jogos. Era nesse clima que a torcida acompanhava o time do Carrasco?

Confesso que me impressionei. Logo comecei a juntar os fatos e concluí: esse estádio foi projetado pra não fazer nenhuma pressão no gramado. Esse estádio foi projetado pra ser ruim. Esse estádio é a materialização de um “cemitério da bola”.


O time entrou em campo e a torcida o recepcionou com cânticos entoados com a força de um coice de grilo. Meu estado de choque só aumentava. Em dado momento, percebi que se fazia um silêncio tão completo que ao fundo só se escutava um batuque melancólico vindo da torcida organizada. Pensei: É por isso que a sofrida e surrada torcida Paranista não comparece aos jogos.

Não me pergunte como, mas com meia hora de segunda etapa o craque da noite curitibana fez o gol do Atlético na partida. O clima era tão pesado que comemorei o gol com uma empolgação que deixaria Del Bosque com inveja. Eu sabia que a noite não teria como acabar bem. Segurei o senso critico e tentei me animar. Alguns minutos depois, o mesmo Botelho sambou na defesa e deu a chance para que Barcos marcasse após 60 e poucos dias sem balançar o capim. Meneei a cabeça com a irritabilidade de quem já tinha visto esse filme.

 O juiz ergueu os braços, a torcida vaiou e fui embora com um sentimento péssimo. Aquele não era meu Atlético. Caminhei até meu carro com 3 certezas: teria que morrer com 5 reais pro flanelinha que queria 10, o Atlético iria pra zona e meus atletas cairiam na noite pra comemorar o super empate com só 1 gol sofrido.

Será mais difícil do que parecia. Com um time meia boca todo o apoio vindo da galera seria bem vindo. O que temos é o Atlético jogando no Cemitério da Bola onde o símbolo maior é o setor 50tão. Querem apostar que quando a água bater no pescoço liberam pra galera fazer pressão?

NÃO ENTENDO:
  • Organizada na reta com bandeira levantada o jogo todo atrapalhando a visão dos demais
  • Time meses parado e ainda sem padrão de jogo;
  • Mais 1 mês parado e o futebol que era médio antes, agora tende a zero.
  • Porque tomamos gol SEMPRE do tiriça e/ou do estreante e/ou do cara que não marca há meses?
  • Porque contratamos 10 jogadores de procedência duvidosa que custam (x) em vez de apostarmos em 2 que custem (5x) e sejam retorno quase certo?
  • Porque o Atlético erra, erra e erra e nunca aprende?
SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!!!

Um comentário:

  1. Eu não sentia esse clima funebre nos jogos anteriores na Vila. Acho que essa mudança da Organizada com a setorização é que não caiu bem!
    Organizada na curva, corneteiro na coberta e os torcedores comuns na reta do relógio. Pra que mudar isso?

    Não entendo as mesmas coisas que vc!!!
    beijão e parabéns pelo texto
    Mi Toardik

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