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domingo, 2 de junho de 2013

ATACANTES DE VIDRO!

Desde a conquista do acesso no passado, sempre tive a certeza de que estávamos absolutamente tranquilos no que dizia respeito a cozinha rubro negra. De um lado o grande Manoel, o cidadão que impressionou Adriano Imperador pelo poderio de sua "carcaça". Do outro, Cleberson, zagueiro de boa estatura, veloz e com personalidade de quem estreou em meio a uma turbulenta série B e colocou a titularidade em baixo do braço. 

Manoel é um dos melhores zagueiros que vi jogar pelo Atlético. Pós "anos dourados" (99-2005) admirei e confiei em apenas 2 defensores: Paulo André e Manoel. O grande problema do "Carcaça" é que este nunca teve alguém que jogasse futebol no mesmo nível que o seu, para formação de uma dupla. Rhodolfo esboçou ser esse cara, mas preferiu virar purpurina. Quando fez dupla com Rafael Santos e Alex Fraga
teve que jogar por 2, tamanha falta de combatividade dos citados. Cleberson então apareceu como solução, sendo em alguns momentos da reta final da série B, peça mais importante e confiável do que o próprio Manoel.  

2013 começou, a pré temporada passou e minha cabeça sempre esteve voltada pro ataque. "A defesa tá fechada" pensava eu. Eis que na estreia, em seu 1° jogo de série A, Cleberson dá um carrinho medonho no avante carioca dando início a dor de cabeça geral. Não consigo precisar se ele já estava mal ou se o jovem zagueiro perdeu o rumo após o pênalti infantil, mas o fato é que Cleberson não é mais o mesmo. Manoel tem novamente feito o dele e o de mais um. Tudo bem que SEO Manél quase sempre dá conta do recado, mas ele não poderá ficar sobrecarregado desse jeito por todo um campeonato. 

Contra o Flamengo reparei bastante em Cleberson, em como se comportou, no que fez na saída de bola, em como dividiu com adversários e etc. O menino está nítida e inexplicavelmente sem confiança. Digo inexplicavelmente porque é admirado e tem a confiança da torcida e também porque já mostrou que joga muita bola. 

Já se foram 3 rodadas e cedo ou não, alguém TEM que conversar com Cleberson. Contra os cariocas, enquanto marcava Marcelo Moreno reparei que ele exercia uma marcação "leve", quase sem encostar no Boliviano. Parecia estar com medro de trincar o atacante de vidro, o jogador que é noticia diariamente na Globo.com. Fiquei com a nítida impressão que a ficha do garoto ainda não caiu e que ele não se sente parte disso tudo. Repito: Alguém deve conversar com Cleberson e explicar que ele é um excelente zagueiro e que agora é hora de ele ser admirado pelos adversários. Chega de olhar pra adversário como se este fosse maior que ele próprio. 

Cleberson, se Marcelo Moreno te parece de vidro não pense duas vezes e martele até o cara trincar e virar cacos. Saia com a bola dominada sem olhar pra trás. Se continuar de boca aberta se impressionando com o nome dos adversários, você corre o risco de jogar o Paranaense do ano que vem pelo sub23 marcando Brunos Batata, Potitas e Safiras da vida. Acorda que sua hora é agora, piá!

SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!!!

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