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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA COLORIDA!


   Ele já incomodou no passado. Ele foi o rei do campeonato paranaense no inicio da década de 90, enquanto os manda chuvas sorviam o patrimônio oriundo das 37 fusões. Ele chegou a jogar uma Libertadores traçando campanha melhor do que a do TIME MAIS VITORIOSO DO MUNDO. É claro que o caro leitor já sabe que estamos falando do simpático Paraná Clube.

   No ano de 2012, o saudoso Tricolor da Vila nos ensinou uma lição valiosa, que não se aplica só no futebol, mas sim em todas as áreas de nossas vidas. O que acontece quando raciocinamos pelas vísceras? Os mais velhos poderiam dizer: "Quando a cabeça não ajuda é o corpo quem paga".

   O Ensaio Sobre a Cegueira Colorida foi produzido a partir da obra de dois geniais pensadores Paranistas. São eles, Nellus Morlotis e Serjius Bellus. Quem acompanha o futebol por essas bandas, sabem bem da genialidade dessas duas peças raras. O ensaio é constituído de 3 atos que serão apresentados a seguir.

1° ATO - Num ano totalmente atípico para o pequeno gigante da capital Paranaense, a segundona do ruralzão é o campeonato onde o tricolor aposta todas as suas fichas. Contando com genialidade da nova presidência, o ano se inicia e a bela campanha no Paranaense da série B mascara o quadro terminal do time colorido. Atropelamentos em clubes como Junior Team de Londrina e o temível Cincão sei lá de onde, fazem torcida e dirigentes acreditarem num futuro melhor. O Clube Atlético Paranaense joga algumas partidas do Paranaense e Copa do Brasil na Vila Capanema, o que faz com que alguns acreditem que o Paraná realmente está milagrosamente se livrando da cegueira.

2° ATO - Incitado pela grandeza do clube MAIS VITORIOSO DO MUNDO, o simpático tricolor tem uma regressão no quadro de cegueira e não aceita mais ALUGAR o estádio para o Atlético, quando do início da Série B nacional. Os argumentos são os mais engraçados possíveis. Temos argumentação acerca do tapete da Vila que poderia ser danificado, problemas na facilitação de vida de um "adversário direto pelo acesso à série A" e os impiedosos valores pedidos pelo aluguel da Vila Capanema. Mesmo com propostas de melhoria das instalações do estádio Paranista, como câmeras de vigilância e manutenção do gramado, o tricolor não cede. A cegueira se faz presente em seu estado mais avançado. Esse estágio normalmente é causado, por torcedores geniais fazendo pressão contra um "RIVAL?", inveja da reforma para adequação de Arena FIFA e pequenez de espírito em geral. 

3° ATO - O mês já é Setembro e o castelo de sonhos já se desmanchou há algum tempo. Torcedores geniais já entenderam que brigarão para não irem à série C e Ricardinho já foi embora junto com o boi, a corda e tudo que tinha direito. Uma carta pronunciamento dos jogadores paranistas surge como uma bomba no diagnóstico da cegueira do gigante paranaense. Na carta, jogadores dizem estar há mais de 2 meses sem salários, jogadores vindos da base não recebem há 8 meses e a carta ainda ilustra mais uma dezena de problemas crônicos. O diagnóstico é impiedoso: A cegueira não tem volta e levará o doente à morte. O nanico valente do Rio Belém recusou aluguel e a consequente geração de receitas advindos do Atlético Paranaense, com um plus de melhorias físicas das instalações, e no trimestre final do ano, volta a passar vergonha com os velhos e conhecidos problemas. O mendigo recusou um pão com manteiga, pois alegou só comer x-tudo e agora vai comer o que? A genialidade de quem comanda o Paraná Clube é a mesma daquele rapaz de 150 kg que tem problemas de coração e circulação devido ao excesso de peso, mas sempre que vai comer aquela feijoada não deixa de cravar: UMA COCA LIGHT, POR FAVOR!

   Isso não é tudo. A motivação para escrita deste texto veio da leitura do twitter do genial pensador Serjius Bellus, que contaminado com a tal cegueira crônica, incita outras 15 testemunhas paranistas a partilharem dos mesmos preciosos pensamentos. A seguir, algumas obras primas:


   Segundo a teoria do pensador Bellus, se o atleta ainda tem dinheiro em caixa, no bolso, em baixo do colchão ou num porquinho ao lado do porta retrato da mãe, este não pode reclamar do atraso de seus vencimentos. Inclusive, se o cidadão for visto comprando coisas caras, comendo fora, ou se este se lesionou trabalhando no Clube, não TEM O DIREITO DE RECLAMAR DE ATRASO NENHUM. Amigos peço um pouco de reflexão sobre o assunto, pois não é todo dia que nos deparamos com seres humanos tão geniais. 

SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!!!

2 comentários:

  1. Henrique, vc sempre genial. A inoperância do Paraná Ex Clube é cada dia mais surpreendente.
    Soube que não houve acerto no aluguel pq o Atlético queria pagar por mês, o que é justo e óbvio em qualquer transação do porte desse aluguel.
    Porém, o Paraná Ex Clube não aceitou e disse que queria receber por jogo. Justificativa: Se for por mês os credores congelam as contas e pegam o dinheiro devido. Se for por jogo não há esse problema.
    Mais uma vez a sagacidade multicolor dos parasitas me surpreende. Como diria minha vó: Quem não pensa paga com o corpo.
    Abraço e belo texto, como sempre.

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