Páginas

quarta-feira, 8 de junho de 2016

E COMO FICA O ATLÉTICO?

Significado de boicotar: Punir alguém ou alguma coisa simplesmente repudiando o mesmo.

Partindo da definição mencionada, auto boicotar seria punir a si mesmo com o absurdo ato de auto repúdio. Popularmente podemos falar que significa “dar um tiro no próprio pé”.

Alguém consegue dar outra definição para o confronto entre a diretoria do Atlético e a torcida organizada? Não consigo pensar em outra definição senão AUTO BOICOTE.

Todos nós atleticanos sabemos que durante 90% da existência do clube tivemos times fracos ou medianos e que a força do Atlético sempre veio da arquibancada com uma torcida vibrante e inflamada. Quem vem frequentando a Baixada pós Copa sabe muito bem que ela não é mais Baixada e sim estádio Atlético Paranaense. Há várias e várias justificativas para a mudança do nome oficial que não vem ao caso, mas é evidente que a associação do “novo nome” com o fato de o estádio estar sempre, em média, com apenas 35% de sua capacidade preenchida, vem a cabeça dos frequentadores do melhor estádio do Brasil. Mas a estagnação de associações e o estádio parcialmente vazio são assuntos para outro texto. Voltemos ao auto boicote...

Quem esteve presente nos confrontos contra Figueirense e Santa Cruz na Arena da Baixada e não ficou chateado com o que viu, não pode ser atleticano de verdade. Um estádio que já não anda muito cheio, agora também tem estado em silêncio. Os jogadores correndo para lá e para cá, a bola sendo passada de pé em pé e um silêncio digno de uma peça de teatro bem conceituada predominando dentro do estádio. De repente o silencio dá espaço a alguma reclamação contra o juiz, ou a algum grupo de torcedores que se veem incomodados com aquela situação dentro de suas segundas casas. O que está acontecendo com o Atlético?


Não entrarei no mérito de quem está certo ou errado, porque de fato há dois lados para a história. Quero mesmo chamar a atenção para o fato de existirem 2 lados e que um terceiro e MAIS IMPORTANTE lado tem sido tratado como detalhe.

A diretoria do Atlético tem o direito de estabelecer qualquer tipo de regra dentro do estádio, afinal de contas é uma propriedade particular do clube. Acontece que é atitude pouco democrática proibir faixas e/ou bateria tentando promover algum tipo de punição contra a organizada como um todo. Se ocorreram fatos que desagradaram a diretoria, que se puna somente quem os cometeu. Há dezenas de câmeras dentro do estádio, há redes sociais e há de se ter boa vontade para resolver problemas de forma inteligente. Punir uma população por causa de meia dúzia é burrice.

A organizada por sua vez, tendo suas faixas proibidas (o que ainda dava um pouco de cor para a Baixada), decide não mais levar sua bateria para as arquibancadas e se mantem em silêncio durante todo o jogo promovendo um clima de velório. Está punindo a diretoria? NÃO! Não há um porta voz dentro da organizada que possa entrar em contato com o presidente Sallim para uma conversa inteligente,  no sentido de aproximação amigável e também de oferecer ajuda na identificação de quem cerca ônibus do clube ou ameaça jogadores em vídeo postado em rede social ou até mesmo quem hostiliza atleta durante aquecimento? Tenho certeza que há.

Nessa queda de braço descabida, a mulher traída tira o direto de o pai ver a criança após a separação. Os pais perdem alguma coisa com isso? NÃO! Quem perde é o pobre menor no meio da briga de dois adultos cheios de frustrações e bloqueios emocionais. Nem pai nem mãe têm pensado no Atlético. A pobre criança está em meio a briga da mulher traída contra o traidor orgulhoso que pensa sempre ter razão.

E como fica o Atlético nessa história?


SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...