Uma noite com 2 prismas diferentes. Duas
realidades ali, convivendo tão perto uma da outra. A sensação de estar sentado
em uma cadeira confortável, com ampla visão do gramado remete àquela busca na
memória dos jogos que vemos semanalmente dos grandes clubes da Europa. Uma
iluminação que faz noite virar dia. Chuva e frio lá fora e o torcedor deixando
casacos e blusas descansando nas cadeiras porque o caldeirão voltou a ferver e
a temperatura lá dentro é agradabilíssima. Catracas que mais parecem vindas do
futuro e um número de banheiros maior que o número de torcedores do Paraná
Clube. Gramado que mais parece um tapete, impossibilitando qualquer tipo de desculpa
esfarrapada. É a 4° geração da Baixada, o estádio que quanto mais velho, mais
novo fica.
Dentro de campo, a iluminação que mais parece um
sol artificial, foi obrigada a iluminar a preguiça irritante de Felipe. Os banheiros
foram atrativos bem mais interessantes do que ver mais uma atuação bizarra de
Bruno Mendes. As catracas vindas do futuro validaram o acesso ao estádio mais
moderno do país, mas para assistir um time que mais parece um catadão de final
de semana. A temperatura ambiente de dentro do caldeirão não parece dar calor
suficiente para assar o técnico que é o símbolo maior do nosso ano de 2014.
Sentados em confortáveis cadeiras vimos a dobradinha de laterais esquerdos, um
marcando o outro. Na frente, nosso oásis de lucidez e talento, Marcelo Cirino tendo
seu talento podado ao ser escalado como “camisa 9”. Um time tão frágil quanto
os ossos de um idoso de 100 anos. Como é fácil virar jogo em cima do Atlético
de 2014. É só apertar um pouquinho e olhar com cara de mal.