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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

NÃO TEMERÁS A PRÓPRIA MORTE!

Honrem esse manto!

   Futebol, além de talento, grupo, comando e outros fatores, depende fortemente do fator psicológico. Quando se tem um grupo de jogadores sem confiança suficiente para desenvolverem suas funções dentro de campo, corre-se o risco de acontecerem os mais escabrosos lances de azar, falta de competência e bizarrice que o futebol pode nos apresentar.

   O ano do Atlético é com certeza o pior dos últimos 15, pois mesmo em outros anos com times fracos como o de hoje, tivemos algumas partidas memoráveis ou algum ponto positivo. No ano de 2011 só consigo me lembrar do jogo contra o Bahia pela Copa do Brasil, como partida de gala. Todos os outros jogos do ano sempre tiveram uma pitada de melancolia. Tanto é verdade, que conseguimos num período de 3 meses, ver dois gols contra de bola recuada, dentro da nossa Arena, coisa que se vê a cada 10 anos no futebol.
 

   Toda essa falta de preparo psicológico fica explicitada quando olhamos os números do Atlético dentro do Brasileiro. O Atlético foi e é dentro da competição um time que se não toma gol nos primeiros 15 minutos de jogo, deixa pra maionese desandar nos 15 minutos finais. Esses dois períodos são momentos onde o emocional fala mais alto. No começo, é hora de iniciar a batalha, suar e esquecer o nervosismo. No final é hora de segurar o ímpeto do adversário, que tenta empatar ou virar. Mas como fazer isso se os jogadores olham para os lados e não confiam um nos outros e nem mesmo em si próprios?  

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   Em 7 oportunidades levamos gols antes dos 15 primeiros minutos de jogo. Em outras 12 oportunidades levamos gols nos 15 minutos finais de jogo. A conta final é assustadora. Em 32 partidas disputadas até agora, tomamos gols nesses momentos cruciais por 19 vezes. É muita coisa. Essa estatística é o retrato nu e cru de um grupo de jogadores que não sabe lidar minimamente com pressão. O grande problema é que para vencermos 4 jogos dos últimos 6, precisaremos passar por situações de estresse máximo e muita pressão. O jeito é acreditar na camisa rubro negra. A esperança é que o manto sagrado faça com que esse bando que corre por nós dentro das 4 linhas, de repente passe a sentir o mandamento rubro negro que brada para quem o enverga: NÃO TEMERÁS A PRÓPRIA MORTE!

EXCESSO DE RESPEITO!

   A cada jogo que passa, sinto vontade de que esse ano acabe logo e num mundo perfeito, todas essas dragas seriam enxotadas do meu Atlético.

   Foi uma semana de confiança, de papo de ir pra cima e de muito blábláblá sobre o tal Neymar. Lopes se derreteu em elogios ao garoto que tem cara debochada de gente em quem não se pode confiar. Durante o jogo, foi um tal de “eu te ajudo a levantar” “me desculpe por te derrubar” e “sim, pode entrar como quiser” que deu nos nervos. Neymar é diferenciado e tudo mais, mas vamos lá: 1° gol de pênalti que não houve. 2° gol em outro pênalti. Este aconteceu. 3° gol, Neymar fez falta clara em Manoel, não comentada por ninguém. Mas também, o que importa se o gênio toca com o joelho no tornozelo do zagueiro e o desequilibra. Dane-se o zagueiro. Neymar pode tudo. O 4° gol, Neymar mostrou sua qualidade e em momento nenhum foi importunado por nossos marcadores. Um cara que joga bola, com uma defesa covarde e insegura não poderia ter outro resultado senão uma passarela pro garoto da crina ridiculamente loira, desfilar pra todo Brasil ver.

Após a partida, jogador disputando camisa do Neymar com o árbitro (sim, com o árbitro, você leu corretamente) e mais e mais elogios ao dodói da CBF. Em vez de elogiar, porque não marcar o cara? Aos jogadores do Atlético, meus parabéns. Passaram até no Faustão como Cassetadas.

Neymar não levou UMA CHEGADA durante todo o jogo. Jogador bom de bola, sem ser intimidado e com espaço, dá nisso. AH QUE SAUDADES DO COCITO!  

SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!

2 comentários:

  1. "Ah que saudades do Cocito!" Sem mais...

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  2. Em pensar que o Domingos, aquele do Santos, que o senhor W. Luxemburgo mandou embora após o episódio da perna quebrada do Rafael poderia estar por aí... Com Cocito e Domingos chefe, não teria brincadeira para a crista do fanfarrão!

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