Só um Atleticano sabe o que é ser Atleticano.
Agradeço sempre ao meu pai por me levar pra ver o Trétis desde que eu tinha 2 anos de idade. As histórias de pérolas protagonizadas por mim no abandonado Pinheirão, são sempre lembradas por ele.
Claro que muitos dos que irão ler esse texto, viveram bem mais do Atlético que eu. Eu queria ter estado lá no gol contra do Berg. Queria ter visto os 4 gols em 15 minutos do Ziquita. Queria ter visto se os chapeis suicidas de Alfredo Gotardi eram mesmo suicidas. Queria ter visto Sicupa, o craque da 8. Queria ter estado em vários jogos que só conheço pela história e pelo que meu pai conta, por ter estado lá.
Mas algumas coisas vivenciei. Lembro da felicidade da subida pra série A em 95. Da derrota para o Goiás no 1° jogo na série A em 96. Pra mim era tudo novidade. Novidade que virou empolgação depois da linda campanha na velha baixada com jogos memoráveis. Cito 3 que me marcaram. Atletiba, com vitória no gol de Oseas e subida no alambrado, dois a zero sobre o badalado Palmeiras da época num domingo chuvoso e a inesquecível derrota para o Criciuma. Toda torcida comemorando a queda do Fluminense numa tarde de sol com chuva. Teve também a vitória sobre o Guarani num jogo de meio de semana com direito a helicóptero pousando no meio do gramado pra levar Nowac (já falecido) e Piekarski ao aeroporto, pois serviriam a seleção Polonesa de futebol.
No Pinheirão na final do Paranaense de 98, vi Régis, ex-ídolo Paranista, se meter a bater um penalti no meio de uma final e errar. Fomos campeões naquela tarde. Lembro de neste mesmo ano, que fui algumas vezes ao mirante de obras da arena para ver como as coisas estavam. Em uma dessas visitas, "assisti" aquele canteiro de obras parado num final de semana ao lado de Petraglia. Sim ele estava lá trocando idéia com torcedores. Sentado, tranquilamente vendo a transformação e o crescimento dos sonhos de uma nação apaixonada. Coisa que só Atleticano de verdade sabe o que é.
No ano seguinte, a inauguração da Arena. Lembro-me que entrei pela Buenos Aires e quando vi aquele estádio lindo, fiquei sem saber o que falar. O costume com Coutos, Vilas e Pinheirão só fez aumentar minha surpresa com tudo aquilo. A vitória sobre o Cerro Porteño e no final de semana o jogo da seleção de Ronaldo, Ronaldinho e Roberto Carlos goleando a seleção da Letônia são fatos que ficam pra sempre na lembrança.
Em 99, 3 a 0 sobre o Cruzeiro na primeira partida da final da Seletiva para a Libertadores. Naquele mesmo ano ainda tivemos o "Eu sou o Lucas" contra o Flamengo, o 4 a 1 no Atletiba da seletiva com direito a gol de Cocito de fora da área e o 4 a 2 sobre o São Paulo. Tudo isso resultou na nossa 1ª Libertadores.
CONTINUA...
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Hoje tem jogo na Arena. Certamente nossa torcida estará presente em grande número para empurrar o time. Acho que contra uma equipe mediana como a do Vitória é obrigação vencer pra passar o Santos na classificação e dependendo do resultado do Botafogo, também ultrapassá-lo. Se isso acontecer fecharemos a rodada na 5ª posição.
Hoje Kleber, O Incendiário pisará mais uma vez na Arena onde fez tantos gols. É uma pena nossa torcida não saber dar o devido valor aos ídolos. Ele entrará e sairá de campo sem ser percebido. Tomara que eu esteja enganado. Mas isso é papo pra outro texto...
Saudações RUBRO NEGRAS!!!
CONTINUA...
Time Campeão da Série B em 95 e os poloneses Nowac e Piekarski com a camisa do Trétis. |
Hoje tem jogo na Arena. Certamente nossa torcida estará presente em grande número para empurrar o time. Acho que contra uma equipe mediana como a do Vitória é obrigação vencer pra passar o Santos na classificação e dependendo do resultado do Botafogo, também ultrapassá-lo. Se isso acontecer fecharemos a rodada na 5ª posição.
Hoje Kleber, O Incendiário pisará mais uma vez na Arena onde fez tantos gols. É uma pena nossa torcida não saber dar o devido valor aos ídolos. Ele entrará e sairá de campo sem ser percebido. Tomara que eu esteja enganado. Mas isso é papo pra outro texto...
Saudações RUBRO NEGRAS!!!
Cara,
ResponderExcluirVivemos praticamente as mesmas coisas com o "Querido Furacão", a primeira vez que parei pra ouvir um jogo, todos os meus amigos eram coxas e o jogo era uma final do certame paranaense, e o Berg fez aquele gol... adivinha né... eu era o único atleticano da rua, era louco...
Vi no Pinheirão aquele jogo inesquecivel contra o Central de Caruaru...
Nossa, fico feliz em ser Atleticano e de 90 pra cá, tenho certeza, certeza absoluta que é fantástico ser atleticano.
Abraços e o blog está 10
Lembranças legais do nosso querido Furacão "before Arena"!
ResponderExcluirA Arena é com certeza o melhor estádio do país pra se assistir uma partida, mas eu tenho saudades da velha Baixada, das arquibancadas "de circo", de ir pedir autógrafo pros jogadores na porte da Baixada em dia de treino.
O Giuliano lembrou bem também desse time que eu nunca esqueço: Central de Caruaru, como eles sofreram contra a gente.
E hoje é vitória contra o Vitória!
E sobre o Kléber Incendiário, espero que a torcida lembre dele, mas acho difícil.
É... são vivencias excepcionais, que nos fizeram criar o vinculo que temos com nosso time. É por isso, pelas dificuldades e sofrimentos que tivemos, principalmente antes de eu nascer, mas que é do meu conhecimento que sabemos que o hoje é sempre melhor do que um dia ja foi nosso Atlético. Há aquela nostalgia, que a baixadinha era melhor, que o futebol não é mais o mesmo, mas se pararmos para refletir veremos que o que temos e o que somos hoje é infinitamente melhor do que já fomos, mas é claro, sem tirar a glória do passado!
ResponderExcluirQuanto a nossa torcida, realmente não sabe dar o devido valor aos jogadores que aqui fizeram história. Recentemente tivemos a presença de 2 campeões brasileiros jogando contra (Ilan e Kleberson) e sequer um grito, um reconhecimento por parte do torcedor.
Julian Fleury Rocha @julianfleury
Em um dia de junho de 1975, antes da neve portanto, um pai querendo passar o tempo com os filhos pela pacata Curitiba de então, achou por bem de ir a um jogo do Trétis, contra o Paranavaí, na Baixada.
ResponderExcluirTrétis 5x1, e assim estreiava em jogos este que aqui escreve, todo "encapotado", pulando com os gols daquela tarde.
Em 78, após aquele almoço no "Pasquale" (ficava no Passeio Público e era reduto rubro-negro), o pai e mais de meia-Curitiba (de tanta gente que diz que estava lá), pegou o "Dart" 74 (o mesmo que ainda repousa na garagem, hoje), e se mandou pra Baixada com os dois pequenos.
E aconteceu São Ziquita. Me sinto quase como se tivesse presenciado a aparição de Nossa Senhora em Fátima, naquele 5 de novembro de 78.
"Não vai ganhar né pai?" perguntei ainda quando estava 0x4, e o pai "Hoje não...".
Daí saiu 1x4, 2x4. Levantamos, pois pelo menos a honra estaria lavada, com 2 gols. Ir pra final contra o Coxa era então um sonho difícil.
3x4!!! Já estávamos ali perto daquele símbolo "CAP", que ficava onde hoje fica a TOF. Era um gramadão.
E eis que São Ziquita fez com que todo o estádio parasse. Paramos nós, presos no meio do povo saindo, e outro tanto voltando. Parou o vendedor de pipoca. Parou o narrador do rádio. Parou o fotógrafo naquele clique que eternizou o momento. Parou a torcida, dos dois times. Ziquita! Ziquita! 4x4!!! E a Baixada explodiu!!!
Nunca mais esquecerei daquela tarde. Nunca mesmo. Vieram títulos, veio a Arena, veio essa maravilha que é hoje. Mas como o 5 de novembro de 1978, nunca mais empataremos.
Ainda fui aos 3 jogos finais de 78, graças ao Ziquita. E daquele campeonato que nos foi mais uma vez furtado, lembro de uma última imagem. Após o último pênalti, Rotta chorando, puto da cara, pelos vendidos que perderam as penalidades.
Emoções demais pra um menino de 8 anos. 32 anos depois, o Atlético continua assim pra mim. E continuará por mais 200, 300, 1000 anos...
Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirFazia tempo que não lia algo que me emocionasse tanto.
Adorei!
E tenho certeza que vc ainda terá muita história bacana do CAP pra relembrar e contar...
Saudações rubro-negras
Faltou comentar que as arquibancadas da baixada eram aquelas removíveis. E o povão ficava batendo o pé e o barulho era absurdo!
ResponderExcluirEu também lembro-me do helicóptero descendo no gramado. Sacanagem sua deixar de citar o Matosas, outro gringo daquele ano de 96.
Lembro saudoso daqueles tempos.. Guardo ainda alguns souvenires: tenho o POSTER que vinha com o ingresso (esse mesmo que vc colocou aqui), tenho grama da baixada (que peguei na invasão ao campo no final do jogo que consagrou a nossa ascensão a série A), quem ainda tem os tijolinhos da velha baixada? Eu tenho.. e várias outras coisas que me remetem a aquele tempo. Eu tinha apenas 10 anos de idade e começava a entender o que erra futebol.
@tuco__
Tuco,
ResponderExcluirNão consegui te achar no twitter. haha
As arquibancadas metálicas realmente foi uma boa lembrança sua. Matosas também, o cara tinha muita raça. Sobre as lembranças tenho alguns autógrafos também e os tijolinhos também tenho em casa. Acho que na parte 2 colocarei uma foto disso. hehe São lembranças boas que levaremos pra vida toda.
ps. não consigo escrever sobre tuuudo porque senaum a clouna fica muito grande e cansativa. Mas tentarei.
Abraço